quarta-feira, 26 de novembro de 2008

ARTIGO

PRATICA DE INSTRUMENTOS PARA CONSTRUÇÃO COGNITIVA DO ALUNO

RESUMO

A pesquisa é relevante para proporcionar o aluno à capacidade de observar, analisar, comparar, explicar, criticar tendo uma postura mais ativa nas aulas, devido à motivação que determinados instrumentos trazem. Aos professores auxilia no relacionamento com o aluno ficando mais próximo e observando as dificuldades do mesmo. Em que os alunos não são uns grupos de espectadores na sala de aula, onde o professor necessita ter uma dinâmica com os alunos e conteúdo da matéria. Segundo Alves (2000), “este processo de interação entre o professor e os alunos, também é defendido por Rocha (1993), quando ele discute a construção do conhecimento, destacando o papel do professor, não apenas como um mero transmissor de conhecimento, mas também como um parceiro dos próprios alunos na construção do saber coletivo”. Portanto nesse trabalho é discutida de uma forma teórica de como criar um jogo, nesse trabalho foi utilizado o jogo de quebra-cabeça, e introduzir essa instrumentação em sala de aula, como um material de apoio ao docente.

Palavras-chave: geografia; ensino; instrumentação; jogos; interação.


INTRODUÇÃO

Com todas as mudanças que ocorrem na atualidade e que muitas vezes passam despercebidas por alguns já que é tanta informação ao mesmo tempo sem que haja tempo de verificar a veracidade de cada uma delas, é de fundamental importância que os ramos relacionados ao ensino possam se enquadrar de modo a auxiliar - pois a família é a primeira etapa -, na formação de seres humanos íntegros e civilizados.

Dessa forma para a formação de cidadãos críticos aptos a viver diante dessas mudanças existe a necessidade de mudanças em quem geralmente são orientados a passar determinados conhecimentos, no caso, os professores.

Com essas transformações atualizam-se tecnologias que nem todos têm acesso dificultando a vida de alguns educadores – muitas vezes o aluno conta com a tecnologia fora da escola. Nosso estudo tem a finalidade de sugerir o uso de instrumentos, seja ele tecnológico ou não nas oportunidades de aulas que venham ocorrer.

Observamos diante alguns estudos que levar para sala de aula novos métodos aguça o interesse dos alunos das mais diferentes idades e no caso de jogos podendo relacionar com a realidade vivida o que leva a compreensão das transformações que o processo de globalização causa.

OBJETIVOS

As rápidas mudanças ocorridas na sociedade e o grande volume de informações estão refletindo-se no ensino, exigindo, desta forma, que a escola não seja uma mera transmissora de conhecimentos, mas que seja um ambiente estimulante, que valorize a invenção e a descoberta, que possibilite à criança percorrer o conhecimento de maneira mais motivada, crítica e criativa, que proporcione um movimento de parceria, de trocas de experiências, de afetividade no ato de aprender e desenvolver o pensamento crítico reflexivo.

Assim a utilização de instrumentos como uma contribuição para educação nas escolas se torna um facilitador nesse desafio de inserir de forma agradável o aluno no processo de aprendizagem. Então o objetivo geral é a integração de instrumentos nas escolas vista como uma dinâmica de interação, como um ambiente rico para a mediação entre sujeitos, oferece condições para envolver as crianças e estimular a investigação, além de possibilitarem paradas e retornos para interpretação, análise, atendendo o ritmo de cada criança. Especificamente os objetivos são comparar os resultados de comportamento em sala de aula e notas dos alunos quando o conteúdo foi apresentado de forma tradicional e de forma participativa. Esperamos por em pratica os objetivos do projeto para serem feitas análises do aproveitamento em sala de aula com os alunos e publicar um artigo da pratica do jogo de Quebra-cabeça na sala de aula.

REFERENCIAL TEÓRICO

Nos estágios de observações, encontramos nas escolas diversas dificuldades para por em pratica novos métodos de ensino e atividades com novos instrumentos de aprendizagem. É evidente que a diferença entre as diversas escolas de varias localidades torna certas atitudes mais fáceis de serem tomadas ou não. Independente desse aspecto falta de interesse, pouca motivação e participação efetiva dos alunos são itens observados de uma maneira geral.

Por essas razões esse projeto esta em base de duas pesquisas de conclusão de curso em Geografia, na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Os dois trabalhos utilizados são o do Thiago Luiz Alves, que tem como titulo, “Uma nova proposta de ensino, com o auxílio de um material para-didático”, nessa pesquisa foi realizado questionários aos alunos do colégio St. James, da 5ª a 8ª serie. O autor utiliza-se da seguinte pergunta: “Qual melhor tipo de aula que posso viabilizar para meus alunos?” Desse modo expõe quatro tipos de aulas e deixou uma quinta alternativa livre para os alunos sugerirem qual tipo de aula que mais os agradam. Os quatro tipos foram: expositiva; no quadro; seminário e participativa.

O resultado foi que a aula participativa teve a preferência dos alunos da quinta à oitava série, crescendo em percentagem conforme elevação das séries. Para nós são interessantes os dados dessa pesquisa que mostra o quão viável pode ser a utilização de instrumentos no ensino aonde os alunos sentem vontade de participar das aulas.

A segunda pesquisa utilizada como fundamento teórico foi a da Elisângela Ribeiro, qual titula o trabalho de “A importância da instrumentação no ensino de Geografia”, que ao contrario do trabalho de conclusão de curso do Alves coloca em pratica a instrumentação e a participação do aluno de um colégio Estadual de Ibiporã - PR, com jogos como caça palavras, bingo e entre outros. Em que tem também tutorial de montar jogos e introduzir eles em sala de aula. Fator importante para utilização desse trabalho como fundamentação teórica foi o de Ribeiro concluir que a aplicação de alguns instrumentos levou a percepção da importância no processo de ensino e aprendizado de Geografia.

Ribeiro, entretanto deixou claro que a instrumentação no ensino de Geografia deve ser visto somente como um material de apoio a outros docentes e não uma regra. Frisamos esse ponto, pois a instrumentação deve ser usada de maneira correta, e para que isso ocorra é despendido certo tempo de produção do instrumento que na maioria das vezes não se obtém devido os percalços da profissão de professor, além de que, existe um custo e temo de execução.

METODOLOGIA

Como já discutimos que uso de instrumentos, como jogos, aguçam a curiosidade dos mais diferentes alunos por ter a condição de trabalhar com modelo da realidade. Como também o papel do aluno não é de somente ficar sentado mudo e ouvindo o professor falar e escrever no quadro, mas também como a citação da Archela e Gomes discute, cabe ao professor para ajudar o aluno a realizar seu aprendizado. Portanto na Geografia, a instrumentação oferece a possibilidade de interagir e ensinar ao aluno, mas o instrumento em sala de aula é somente uma ferramenta de apoio, portanto o professor é o emissor de conhecimento.
De acordo com Gomes e Archela (1999, p7).
Acreditamos que a Geografia é uma matéria apaixonante, principalmente quando é apresentada como uma fonte de descobertas. Cabe ao professor contribuir para que isto ocorra, desenvolvendo a criatividade de seus alunos a partir de novas atividades.

Após analisados esses dois trabalhos elaboramos um jogo de quebra – cabeça onde ao acerto de determinadas perguntas o aluno montava em partes o território nacional.


Figura 1: Mapa dos Estados brasileiros desenhado no papel Paraná.

Fabricamos dois mapas do Brasil divididos no número de estados e conforme o aluno e/ou grupo fossem acertando as perguntas tinham o direito de montar o quebra – cabeça que ao final das questões formaria o e território nacional.


Figura 2: O Quebra-cabeça pronto e colorido.

As perguntas eram de múltipla escolha e de diversos conteúdos relacionados à disciplina de geografia podendo ser aplicado em qualquer série após elaboração de conteúdos respectivos a série que se objetiva fazer a aplicação.
Utilizamos como material para fabricação dos mapas papelão e encapamos com papel celofane colorido separando as regiões por cor, o que já aguça o olhar de alguns alunos dependendo da idade. As questões foram elaboradas tendo como base livros didáticos variados de acordo com o que é visto nas séries de ensino médio.



Figura 3: O jogo demonstrado em sala de aula da 3ª série de Geografia.

Foi feita uma demonstração para uma turma do 3° ano do curso de geografia da Universidade Estadual de Londrina aonde somos graduandos e observamos que apesar das questões relativamente fáceis, pois foram elaboradas visando a aplicação no ensino fundamental, os alunos se interessaram pela forma de aplicação que aguça a curiosidade de ver o mapa após montado por completo, o que só ocorre depois de respondida corretamente as perguntas. Dessa forma o aluno participa ativamente e se esforça para acertar as questões e apreciar o resultado onde todos apreciam e apreendem.


Figura 4: Alunos da 3ª série de Geografia montando o Quebra-cabeça.

Existe um custo beneficio com esse jogo, porque os preços dos materiais não saíram caros comparados com quebra-cabeça fabricados comercialmente e qualquer docente que tenha tempo pode montar esse jogo. Além disso, o jogo pode ser utilizado por varias séries no ensino fundamental e médio;

RESULTADOS

Os objetivos da montagem e formulação das perguntas foram alcançados, pois na demonstração com os alunos do terceiro anos de Geografia, foi apresentado um ótimo aproveitamento, qual o jogo não pareceu cansativo e chato. Como também foram testados os conhecimentos com as perguntas e a montagem dos Estados brasileiros. Apesar, as perguntas serem direcionados a alunos do ensino fundamental, deu para tirar boas conclusões do jogo com essa experiência.

CONCLUSÃO

Aulas expositivas e didáticas chegam ser cansativa para os alunos, em que pode até perder interesse da aula. Portanto, como pesquisas acadêmicas recentes comprovam que maioria dos alunos prefere aulas diferentes de que essas, em que os estudantes possam interagir ou até mesmo se divertir. Concluímos que um jogo de quebra cabeça com questões pode ser uma das melhores formas de ocorrer à interação e o aprendizado, mas tudo depende do professor para transmitir o conteúdo. O jogo somente é uma ferramenta de apoio para docente a uns determinados conteúdos. Finalizando, o jogo será praticado em sala de aulas com alunos do Ensino Fundamental, para tirar conclusões concretas da aplicabilidade do Quebra Cabeça e analisar os comportamento dos estudantes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALVES, Thiago Luiz, Uma nova proposta de ensino, com o auxilio de um material para-didático 2000, p. 132. (Termino de Conclusão de Curso) – UEL, Londrina.

ALMEIDA, Rosângela de; PASSINI, Elza. O espaço geográfico ensino e representação. 13 ed. São Paulo: Contexto, 2004.

ARCHELA, Rosely Sampaio; GOMES, Marquiana de Freitas. Geografia para o ensino médio: manual de aulas práticas. Londrina: Ed. UEL. 1999.

STRAFORINI, Rafael. Ensinar geografia: o desafio da totalidade-mundo nas séries iniciais. São Paulo: Annablue, 2004.

REGO, Nelson (org.) Um pouco do Mundo cabe nas Mãos: Geografizando em Educação o local e o global. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2003.

RIBEIRO, Elisângela, A importância da instrumentação no ensino de Geografia. 2004, p. 160. (Termino de Conclusão de Curso) – UEL, Londrina.

Nenhum comentário: